Quarto da Presidente Genevieve Mason

- Era só para não ficares todo convencido. - respondi à medida que entrava na residência. Assim que o fiz subi logo para a zona dos quartos, tinha a certeza que ele vinha atrás de mim por isso nem me preocupei em saber se ele vinha mesmo. Ele é que era o interessado por isso. Abri a porta do meu quarto e agarrei na mesma para que ele entrasse - Faça favor.

Já tinha estado naquela residência, uma vez com uma rapariga, mas dessa vez pouca coisa vira e desde então que nunca mais fizera questão de voltar. Agora tinha a oportunidade de ver melhor.- Estou no quarto da presidente. Não é uma honra qualquer na fraternidade? Ou é costume trazeres cá muitos rapazes? - Ri-me, gozando. Entrei no seu quarto e surpreendi-me por não ser tão pinky como imaginara. Sentei-me na sua cama.

- É uma honra, sim, mas tu só estás cá por causa de negócios. - eu não deixava ninguém entrar no meu quarto, de facto, ele era o único que o tinha feito ainda. Mas não lhe ia dizer isso ou ia ter de o aturar a ficar todo convencido. Levantei uma sobrancelha quando ele se sentou na minha cama com o maior à-vontade - Bem, o que é que tu queres afinal? - perguntei cruzando os braços.

Eu estava com uma cara de autêntico gozo. Sim, eram só negócios, mas entretanto podia picá-la um bocadinho, sempre me tirava do aborrecimento. - Erva. Vêm aí as minhas provas, não posso ter nada mais forte no organismo, se não aparece nas análises - Esta era a única chatice do meu curso. Duvido que pedissem analises em qualquer outro.

A cara que ele estava a fazer estava a irritar-me porque era aquela cara de estúpido dele. Sim, ele tinha uma cara gira mas também tinha cara de estúpido irritante. Encolhi os ombros e olhei para ele - Erva, ok. - repeti e puxei a cadeira da minha secretária. Assim que a meti no sítio certo, subi para cima da mesma e agarrei na chave de fendas que tinha na parte de cima do meu roupeiro e comecei a desparafusar. Quando tirei a placa da saída de ar*, pousei-a na parte de cima do roupeiro e tirei um saquinho de erva, que atirei para o cara bonita - Chega ou queres mais?

*eu sei que é muito triste mas deu-me uma branca autêntica e não me lembro do nome disto. é aquela cena mesmo à América que eles têm nas paredes dos quartos com uma espécie de grades que não são grades (oh god esta explicação está ainda pior) e pronto, é ai que a Gen tem as cenas dela..

Vi que o meu sorrisinho e a minha expressão estavam a afetá-la. Sentia uma profunda satisfação em sabê-lo. Dá-me mesmo gozo. Mas estava ali para obter droga, quer dizer, marijuana. Era tão fraquinha comparada com outras coisas. Ela não parecia nada uma dealer. Ela achava boa ideia mostrar a um cliente onde era o seu esconderijo? Se eu fosse um agarradinho ainda a roubaria. Felizmente para ela, eu não era um agarradinho. Agarrei o saco a tempo de não me bater na cara - Isto chega. Preço?

* assim de repente para o nome só me ocorre ventilação xD

Voltei a fechar tudo e saltei da cadeira para o chão - Trinta. - respondi enquanto me encostava à secretária e olhava para ele - E no caso de teres alguma ideia do género vir ao meu quarto buscar mais material sem pagar, primeiro, tinhas de arranjar a chave da porta, - apontei para a porta do quarto - e depois ias estar numa situação muito má porque eu tenho uma câmara no meu quarto. - sorri-lhe - Por isso sorri que estás a ser filmado.

Olhei para ela, com os olhos ligeiramente arregalados. Ela levava mais que o meu dealer. Saquei as notas da carteira e passei-lhe os trinta dólares. Quando ela as agarrou, eu não deixei logo ir - É bom que isto seja de qualidade - Avisei. Era o minimo que pedia. - Deves achar que sou quem? Se precisasse de roubar, não tinha vindo ter contigo - Larguei as notas, peguei no saco e guardei-o no bolso. Sorri bastante sarcásticamente.

Estendi a mão para agarrar nos trinta dólares e ia puxá-los mas não o consegui fazer porque ele continuava a puxar as notas - Claro que é de qualidade, achas que eu ando a vender relva? - perguntei com um revirar de olhos - Por ser de qualidade é que é cara. - não era para me gabar mas o meu material era mesmo do bom, por isso é que fazia tanto sucesso - Ainda bem, era só para ficares avisado. - quando ele finalmente largou as notas, guardei-as no bolso e aproximei-me da porta para destrancar a mesma - Podia até nunca mas eu sei que tu vais voltar a aparecer à minha frente assim que experimentares a minha erva.

Quase me ri quando ela falou em relva. A verdade é que eu ainda não provara o material que ela me dera, podia até ser uma porcaria de fraca qualidade - É bom que assim seja - Rematei, não querendo falar mais no assunto. Estavamos a repetir-nos. - A tua autoconfiança, ui! Isto é uma situação excepcional, fica sabendo.

- É assim. - assegurei. Ele ia andar atrás de mim para pedir mais num piscar de olhos. Encostei-me à porta enquanto olhava para ele e sorri-lhe bastante cinicamente - Quando voltares a vir bater à minha porta, vamos ver quem tem razão. - empurrei-o para fora do meu quarto - Adeus, cara bonita. - despedi-me antes de fechar a porta.

Até podia ser engraçado a confiança dela no seu produto, no entanto qualquer dealer era assim. Só queriam vender e diriam tudo para o fazer. - Não vou voltar e vir bater à tua porta. - Não bateria à porta, entraria logo. Ela não precisava de saber isto, para já. E pronto, estava fora, com a cara na porta. Ri-me e saí dali.

encerrado.

Abanei a cabeça com um sorriso enquanto me afastava do Jordan e entrava na minha fraternidade. Tal como tinha admitido, tinha sido uma tarde e uma noite bem passada mas isso não queria dizer mais nada. Já me tinha decidido à muito tempo a manter-me longe das pessoas, principalmente de rapazes como Jordan, porque tinha sido um rapaz como ele que tinha tornado a minha vida um inferno ainda maior.
A fraternidade estava em silêncio devido às horas que já eram e eu limitei-me a subir para o quarto, despir a minha roupa e enfiar-me na cama.

Afastei-me da piscina e caminhei até à minha fraternidade. Felizmente não se encontravam muitas pessoas lá pelo que eu não tinha de fazer conversa fiada e podia limitar-me a cumprimentar antes de subir para o meu quarto. Tomei um duche rápido enquanto pensava numa maneira de impressionar o Jordan, quer dizer, não era bem impressionar era mesmo ver se o fazia deixar-me em paz. Não era como se ele me incomodasse assim tanto mas ele era irritante e o que o tornava irritante era que apesar de ele me chatear, ele acabava por ser a única pessoa a quem eu dizia mais do que meia dúzia de frases para além da minha família.

Assim que chegamos ao meu quarto o momento tornou-se um pouco estranho, ficando ambos em silêncio. Mordi o meu labio inferior ainda sem acreditar que aquilo estava mesmo a acontecer e segui-o com o olhar quando se foi deitar na minha cama - Bem... - comecei olhando-o - Não te posso oferecer nada com que dormir porque acho que as minhas camisolas não te ficam assim tão bem. - forcei um sorriso - Por isso fica à vontade. - virei-lhe costas e comecei a despir-me sem dizer nada como para ele não olhar porque sabia perfeitamente que ele não ia fazer isso. Já tinha prometido ficar ali apenas para me fazer companhia sem pensar em sexo por isso não valia a pena abusar nos pedidos.

- Infelizmente não tenho camisolas cor de rosa porque agora fiquei mesmo com vontade de te ver numa. - disse provocadoramente, acabando por não conseguir evitar um sorriso. Uma simples provocação dele e tinha conseguido pôr para trás de mim o que tinha acontecido na estrada; não estava esquecido mas não estava tão presente na minha cabeça. Juntei as sobrancelhas sem perceber do que ele estava a falar e olhei por cima do meu ombro, percebendo que ele estava a olhar para mim e a referir-se a isso mesmo - Só me estou a despir Jordan, nem quero ver o teu ar quando te dores deitar ao meu lado. - aproximei-me do roupeiro para tirar a camisola grande e larga com que costumava dormir e vesti a mesma, virando-me de frente para ele - Achas que consegues ficar aqui sossegadinho ou é demasiado para ti?

- Acredita porque infelizmente não tenho. Mas vou arranjar para depois poder emprestá-la. - acrescentei com um meio sorriso e caminhei até junto à minha cama que era onde ele se encontrava, o que vim a descobrir não ser grande ideia porque foi nesse momento que ele começou a tirar a roupa dele. Mordi o interior da minha bochecha. Era impossível afastar qualquer pensamento pecaminoso quando estava tão perto dele, ambos com tão pouca roupa e prestes a dormir juntos. Por mais descontrolada de emoções que estivesse aquela visão seria sempre um banho de água fria. Engoli em seco o mais discretamente possível e encolhi os ombros - Eu não me chamo Jordan. - ironizei entrando finalmente na cama e tentando acabar os meus pensamentos.

- Por favor, não tens assim tanta pinta como achas que tens. - disse de volta e bufei para o ar. A cama não era propriamente pequena mas para nós os dois ia ficar um pouco apertada, quer dizer não era a cama seríamos mesmo nós os dois - Já vai. -cheguei-me para a ponta da cama que ficava encostada à parede e olhei para o Jordan assim que cheguei lá - Pronto já podes vir princesa.

Mas aí estava o cerne da questão. Eu tinha muita pinta. 
Só cheguei os lençóis para trás quando ela se chegou mais para lá, dando-me assim espaço para entrar. Foi o que fiz e, a meios que intencionalmente, as minhas pernas entraram em contacto com as dela - Tens muita piada - Referia-me ao "princesa". - Vamos ficar encostados um ao outro. A tua cama não dá para outra coisa. Não comeces já a reclamar comigo.

Sorri enquanto o olhava- Eu sei, obrigada. - já estávamos quase de volta ao nosso comportamento normal sempre a embirrar um com o outro mas sabia que não ia demorar muito até que aquele momento se tornasse estranho novamente. Senti a pele dos meus braços arrepiar quando o Jordan entrou na cama e as nossas pernas se tocaram; foi um toque bastante simples mas apanhou-me desprevenida e bem, não deixava de estar com o Jordan na mesma cama - Eu não disse nada, eu já cheguei a essa conclusão. - mordi o lábio inferior enquanto o olhava - Eu costumo mexer-me. Não de te atirar cama abaixo mas de ocupar o teu espaço pessoal. - agora que pensava nisso aquilo não era grande ideia - Por isso não pensei coisas.